Hoje estou tendo mais uma vez a oportunidade de postar um texto de mais um amigo blogueiro, e este em especial também companheiro de profissão, costumo relatar aqui em meu Blog situações das quais os usuários se deparam em seu dia-a-dia com as dificuldades do desconhecido mundo virtual e por razões próprias e com a sutileza de quem desbrava novos continentes eles se saem muito bem, Diferente da situação hoje vou reeditar um texto desse Profissional o qual "só pela profissão" já me sinto solidario a ele que conhece bem as nossas dificuldades.
Apresento a vocês... Meu Amigo Marcio Jr.
Abismo das Vaidades |
Marcio JR
· Sexo: Masculino
· Signo astrológico: Aquário
· Atividade: Internet
· Profissão: Técnico em Usabilidade
Quem é o Marcio Jr.
As pessoas são diferentes umas das outras. Têm religiões diferentes, pensam de forma diferente, têm opções sexuais diferentes, forma de agir diferente... enfim, fazemos parte de uma diversidade. E temos que aprender a conviver com tudo isso. Portanto, respeite seu próximo, e respeite as diferenças que você vê nele. // meu e-mail: abismodasvaidades@gmail.com
Agora... Apreciem seu texto ( Com direito a uma casquinha do Xipan Zeca )
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image by Google
Passeando pelo Blog XIPAN ZECA, do TATTO, me deparei com um texto que fala sobre bilhetinhos e lembretes, e os "perigos" que eles podem trazer: BILHETE É UMA ARMADILHA !!!
Lancei, faz algum tempo, uma crônica criticando a forma abreviada e, na maioria das vezes, incorreta de se escrever e-mails. Como meu tempo anda escasso, faço abaixo a reedição desta mesma crônica. Não deixe de visitar o XIPAN. Ele só tem cara de doido, mas não morde, sem contar que as gargalhadas são garantidas.
Boa leitura.
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“Querido Renato chegou gostoso fazer festa amanhã
Vcs podi comer a Fátima e eu q nao pq cabow xada noite.
Bjs.”
As linhas acima representaram o quase fim de casamento de um casal de amigos. O marido, que estava bem longe de se chamar Renato, além de não entender patavina do que estava escrito, ainda tirou algumas conclusões para lá de apressadas.
Muitas pessoas perguntam o porquê de se utilizar palavras abreviadas em mensagens de e-mail. A maioria pensa ser algum modismo da juventude que acabou ficando. Na realidade, isso vem do começo da internet, quando tudo era muito lento e a comunicação via internet era feita apenas entre algumas grandes universidades. Não eram utilizadas imagens e, como quem fazia uso dessas mensagens eram estudantes e pesquisadores, tudo parecia ser cifrado e muito resumido, diminuindo, assim, o peso do arquivo para ganhar alguma velocidade de rede. Isso era uma necessidade e, mais tarde, acabou misturada ao péssimo hábito das pessoas de “enfeitarem” a língua.
Essa escassez de velocidade e espaço na internet ficou para trás, mas os hábitos de se escrever de forma abreviada e cifrada continuaram. E, para piorar, juntou-se a isso um número infindável de neologismos, gírias, erros e “burrices”. Algumas pessoas pensam que estão escrevendo telegramas. Entender um e-mail, por vezes, é um exercício de paciência, e nem sempre conseguimos. Abreviar palavras e ter como justificativa para isso o ganho de tempo e economia de espaço ao escrever, é desculpa de preguiçoso. Qual é o tempo ganho, por exemplo, ao se escrever “q” ao invés de “que”? Fica ainda pior na palavra “ateh”, onde o H faz a vez do acento agudo numa palavra oxítona. Neste caso ocorreu uma perda de tempo e espaço. No começo da internet no Brasil era até compreensível, pois não se acentuavam as palavras, e o H servia como uma alusão a esse acento, mas hoje isso é desnecessário.
Dia desses, recebi um e-mail retribuindo um comentário que fiz a um texto em outro blog. A mensagem dizia o seguinte: “Pow!!!wls!!!XD.....” Até agora estou sem entender se a pessoa gostou do comentário que fiz ao texto, ou se me xingou. Algumas pessoas podem até dizer que o texto da mensagem é de fácil compreensão e que eu, como trabalho com web, tenho por obrigação conhecer e entender esse tipo de coisa. Discordo. Não tenho a mínima obrigação de entender ou aceitar essas afrontas e achaques feitos à língua portuguesa. As pessoas inventam termos (alguns nascem de erros e se tornam comuns) que só elas sabem do que se trata, e pensam que todos têm o dever de saber interpretar esses absurdos. Isso é ridículo. E, para deleite do magistério, não raro é o fato desses termos saírem da web e se firmarem, tanto na língua falada quanto na escrita.
Quando se escreve uma mensagem, seja ela pelo método que for, deve-se levar em conta o poder de compreensão de quem irá receber essa mensagem. Língua escrita não tem a inflexão da língua falada. Na falada, você expressa sentimentos apenas com o tom e o jeito de falar, como uma ironia ou algo carinhoso. Na escrita, isso pode se tornar dúbio e gerar contratempos, graves em alguns casos, pois haverá um erro de interpretação. Quando a mensagem é para alguém do seu grupo distinto, ou para quem está ciente do tipo de linguagem que você irá utilizar, ótimo, escreva como você está acostumado a fazer. Agora, se a mensagem for para uma pessoa estranha ao seu convívio, por favor, cuide mais da forma como você escreve, e procure utilizar termos mais formais. E, se o seu vocabulário estiver debilitado frente ao uso constante da web, existem bons dicionários on-line que poderão ajudar. Tenho certeza que você não terá a mínima dificuldade de achar algum, afinal, você fala a língua da web, não é?
Para finalizar, não poderia deixar de traduzir a mensagem do começo desta crônica, que gerou tantos problemas. Ela ficaria mais ou menos assim (corrigindo eventuais erros de grafia, logicamente):
“Querido.
(Seu primo) Renato chegou. (Seria muito) gostoso fazer (uma) festa (para ele) amanhã.
Vocês podem comer (à vontade na festa). A Fátima (esposa do Renato) e eu não (abusaremos na comida) porque acabou o chá da noite (espécie de chá emagrecedor).
Beijos.”
Marcio JR
6 comentários:
Boa citação aquela do "ateh", pois até hoje ainda tem gente escrevendo assim, como no tempo em que não existiam teclados ABNT e nem todos sabiam configurar.
Nas comunicações militares, em mensagens telegrafadas via rádio, quase tudo era escrito de forma abreviada, mas sempre de acordo com manuais de abreviaturas padronizadas, não ao bel-prazer de cada um!
Quanto ao nosso amigo Xipan/Tatto, a coisa é diferente: para entender o que ele escreveu, tem que dizer em voz alta, aí fica tudo claro!
Macaquices, numa boa!
Valeu, Marcio!
Mano véi, tu bandonô eu??? Saudade de tu!!! Nem foi mas vê meus brogs.
De fato algumas "charadas" lançadas ao vento podem dar um BO do tamanho do mundo!
Conheço o Márcio "onlinemente" falando (olha eu inventando palavras DAM), ele manda muito bem na escrita e nos pensamentos!
Grande abraço renovado!
Tatto, meu amigo, só agora que consegui chegar por aqui. E caraca maluco, vc fez um baita post com minha croniquinha... rsrs. Depois de mais de um mês de molho, por motivos de saúde, to voltando, e gostei do que vc tem feito por aqui.
cheguei a pensar num blog técnico, falando sobre desenvolvimento de conteúdo web e usabilidade, mas a saúde atrasou meus planos. Numa dessas, teremos novidades na área nos próximos dias.
Valeu, Tatto. Abraços, meu amigo.
Marcio
Oi Tatto!
Ai.. Eu concordo em termos.
Claro que tem situações que o melhor é ser formal, seguir os padrões e tal...
Mas dá para relaxar e dá uma brincada tb (ô aeee) rs!
Acho que a escrita mostra parte da sua personalidade, tem gente que é mais descontraída ou preguiçoso* mesmo, e sendo numa questão informal, não vejo problemas em "enfeitar" o negócio =).
Claro que o excesso cansa, e a interpretação pode fugir a realidade, mas paciência que nem tudo é perfeito mesmo.
É mais uma questão de bom senso e ás vezes isso falha.
Bjoo!
;P
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